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O que é Fitoterapia?



A palavra Fitoterapia tem origem grega e resulta da combinação dos termos Phito = plantas e Therapia = tratamento e, de acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, seu significado é “Tratamento de doença mediante o uso de plantas”.


É o estudo das plantas medicinais e suas aplicações nos tratamentos de morbidades, seja na prevenção, alívio ou cura das doenças.

Consiste na utilização externo ou interno de vegetais in natura ou na forma de medicamentos.


Para isso, utilizam-se nas preparações diferentes partes da planta, como raiz, casca, flores ou folhas, sendo o chá a mais utilizada, preparado por meio da decocção ou infusão.


Segundo Hipócrates, o significado de saúde é a harmonia do homem com a natureza, o equilíbrio entre os vários componentes do organismo entre si e o meio ambiente. Saúde e doença estão relacionadas com a interação do corpo com a mente e do homem com o meio onde vive.



A fitoterapia permite esse vínculo entre o homem e o ambiente, com o acesso ao poder da natureza, a fim de ajudar o organismo na normalização das funções fisiológicas prejudicadas, na restauração da imunidade, na promoção da desintoxicação e no rejuvenescimento.


Dessa forma, as plantas medicinais são importantes fatores para manter as condições de saúde das pessoas. Além das ações terapêuticas de diversas plantas utilizadas popularmente serem comprovadas, a fitoterapia tem sua importância na cultura, sendo fração de um saber utilizado e disseminado pelas populações ao longo de gerações.


De acordo com a ANVISA (2004), fitoterápico é: ''todo medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais com finalidade profilática, curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário.


É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. É o produto final, acabado e rotulado. Na sua preparação, podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos permitidos na legislação vigente.


Sua eficácia e segurança é validada por meio de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua sustâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações dessas com extratos vegetais''.


A diferença entre planta medicinal e fitoterápico é que o último caracteriza-se pela elaboração da planta para uma específica formulação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), planta medicinal significa “todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos”.


O uso apropriado das plantas medicinais está de acordo com as proposições da OMS, que incentiva a valorização das terapias tradicionais, sendo essas reconhecidas como recursos terapêuticos de grande utilidade em programas de atenção primária à saúde, já que pode atender às diversas demandas de saúde da população.


Também poderão contribuir com o sistema local de saúde e promover a autonomia no cuidado à saúde dos usuários do sistema público, tratando-se de uma alternativa viável, já que seu custo é baixo.


Contudo, como as plantas são remédios poderosos e eficazes, torna-se preocupante o uso indevido e sem orientação das mesmas com fins terapêuticos, em razão da incidência de espécies com registro de toxicidade e contraindicações de uso. Acidentes podem ser evitados com a observação das dosagens prescritas e com o cuidado na identificação precisa do material utilizado.


Aproximadamente 26% das espécies com indicação de toxicidade ou contraindicação de uso são consideradas na literatura como abortivas e/ou não recomendadas no período da gestação ou lactação. Algumas provocam reação alérgica e/ou fotos sensibilização dérmica.


Outras são referenciadas como promotoras de hepatotoxicidade aguda, degeneração do sistema nervoso, alucinações e convulsões, ação depressora do sistema nervoso central e de formação de tumores malignos.


Por intermédio de pesquisas realizadas em universidades brasileiras, foram identificadas mais de 350 mil espécies vegetais, permitindo uma grande variedade aos possíveis usos medicinais. Porém, apenas 10 mil possuem algum uso medicinal conhecido.


No Brasil, há cerca de 100 mil espécies catalogadas, sendo somente duas mil cientificamente comprovadas. Assim, torna-se de extrema importância a participação dos profissionais de saúde nessa área, visando integrar o conhecimento utilizado pelo sistema de saúde oficial ao popular, uma vez que as terapias alternativas podem contribuir com as ciências da saúde e também possibilitar ao indivíduo uma relativa autonomia relacionada ao cuidado com a sua própria saúde.

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